senhor



O Senhor

 

 

 

Canta numa casa não a casa

sim a cozinha não da casa

mas quem na casa cozinha

quem na sua via sozinha 

a mulher que canta 

Então não se via 

Ou se tinha sonho... 

era uma cantoria

Quase a mais pura 

faringe de soar com 

que a fala como de Falla 

Não minto estava longe de mim

Entrara ao parar, para 

e ouvir aquele canto 

Estava longe ao montes 

as esplanadas dentro de mim 

Não era mito e repito algo entre nos

Entranhas ao parar o ar 

e pensar que aquele ar era canto

Estanho canto em algum

dos mil cantos que havia em mim

Era a tarde e não a tarde 

Onde apenas a noite se ouve 

Ouvi-se sim alem da noite 

Mas o que era realmente 

Um dia em seu fim era atarde 

Onde o sol não existia mais tinha 

uma quente lembrança ou vontade 

Andança para poder existir estava 

pois não existia nada em mim 

Eu disse que era tarde 

onde eu parei já sem dia 

apenas a luz de uma estrela 

que no céu se acendia 

que não era do sol esse 

Eu não disse que era 

Uma casa ou melhor 

era o canto, Já não havia 

morrera como o ar 

e todas as suas vibrações 

Uma voz, Já não havia

Um fim de dia quando eu viva

a simples tarde pois não era noite

era diariamente uma falta nua  

casada dessas que não se passa

sem a menor coragem eu segui 

Esperando meu espirito chegar 

na noite que já existia em não 

amanhecia pois ainda era dia

como qualquer dia 

antes que poderia dizer o que diz

uma voz de uma calada casa 

num canto que não exigia 

um vida ou vivia sem existir 

aquela voz solta sem companha 

cantando alto nas alturas 

perto das estrelas que se acendia 

era uma mulher como já dizia 

uma dona sozinha em sua cozinha 

que nunca poderia prever 

o morto passante que procurava 

ao fim do dia uma caminha só minha

sem alma em seu interior 

sem fala em seu cranio 

sentia a própria 

poesia 

A vala onde me escondia 

uma planilha que se escrevia 

em minha memoria fria 

sem ter medo anotando 

tal melodia era seu forma 

sem vida sendo aproveitando 

de mesmo canto de uma casa

de alguma rua que me transportara 

em sua caminhada solida 

sol já não existia 

noite ainda não se via 

fintava na minha mente surda 

o desejo que encontra um desse 

desejos vivos 

me sentia morto

era um caminhar solitário 

Era o fim de tarde sem Maria 

O toda as amigas que meu corpo 

fazia e refazia ouvindo 

um cando do respaldo 

da feliz harmonia 

Que lembrava os erros 

os passos de descalços

Que eu realmente fazia 

não era sonho 

muito desenho de minha 

imaginação queria 

E se repetia aos gritos 

desse lugar onde acho 

e procuro infernalmente 

ate hoje lá, já esquecido 

tentando ouvir um novo

estanho canto.

E de uma forma ou de outra 

me deixei levar pela 

voz pela imagem 

pela noz vazia em mim 

refletia uma melodia 

para voltar a ouvir 

não o ouvido que escuta 

não o tímpano 

mais sim o ré-soar 

do cristal da têmpora 

Que fica em sua grafia 

marcado de pouco brilho

como pedra de uma eterna 

marca que nunca fica marcada 

Quem senti tão fina vida de parte 

tão tão intima são aquele que morrem

e não deixa o seu corpo 

assim cimente mali-guina onde cresce

como as pérolas nas ostras 

feita de sentimento de toxinas 

das mais sentimentais 

Devo retornar ao dado momento 

onde um corpo como o meu sabendo 

de poucas harmonias ouvira

um canto em algum canto 

querendo partilhar essa 

alma não erra apenas 

uma palavra era

arte sem logica

um som surdo 

era finito uma arte

não uma foram de se aprecia 

as faringes que esfregavam o ar

nem a representação de suas palavras

nem eu mesmo imaginava era o jogo

o conjunto uma forma sua tentativa 

que expelia ar expelia arte 

logo depois me falta 

a luz o tempo meu ver

Ou o relógio em coração 

Com a escuridão 

ouvido os meus gemidos 

Estrupada enlouquecido

esquecido de tudo 

do que era dia  

do que era fim de tarde

do que era mania 

do que era Maria 

do que era pudor 

esquecido disso

ouvia a voz que era apenas gemido 

que cantava líbidos

ao qual masturbava 

A imaginação 

a visão a emoção a vida o corpo 

Era ela seja Ella que for 

Era sexy era sax 

Era o momento onde 

eu era dois 

Me dividia ao meio 

Depois de me pegar 

pecando me perguntar 

Ainda cantando 

Uma foda 

uma nota uma forma

coragem eu sabia 

eu disse que sentia 

mesmo morto 

era conciso 

Eu blefava eu mentia

e dia a dias eu dizia

Era alma era lama

Não era! 

Erra então sabe ou não

Não sabes! Agradar, desagrada 

Acha isso Porque?

Ingenuidade e ter lhe 

desperdiça esperando 

o prazer o querer 

o que provava 

era ou não era 

o diabo me perguntava

eu era ele e ele 

zombava retrucava

elogiava minha hora 

em gloria ouvir tal ar

era ardente estrupo

de esperar o fim era 

finito enquanto 

Trepava e no murro 

via a vida a luz 

a lamparina um canto 

desse dentro de mim

por que não existia 

nada nem a pobreza 

nem a beleza que via 

não Havia nada

era minha face 

era minha lastima 

Era apreender 

o que sentia naquele

dia a dia nem disfarce 

na ritmada aria 

onde uns cantava 

onde outros ouvia 

na nota a pobre alma

na nobre arte que não cria 

duvidas nem respostas 

só notas e sonhos 

era finito eu nunca 

cheguei dessa forma dessa

caminhada dessa mata

onde morta estava 

onde nem outra morava

em cortiço onde todos

e ate eu estava

acordada dentro 

de algum canto 

em uma fé morta

mesmo sendo fé 

se ouvia orando 

cheia dela uma luz 

como aquela onde não 

não era mais um estrela 

ao tentar me explicar 

não era mais canto nem 

em qualquer um do mesmos

pontos desde que eu não mas

cantei nem mesmo anotei 

mesmo a caixa de muitas 

outra dentro do cristal 

feito dos sais de meus 

muito hormônios 

A perda dessa forma 

A pois perde-la 

A prematura deusa

Que ouvira era apenas 

eu mais quem mais ?

Faz ou não faz 

Assas que senhor 

domina era sem duvida 

arte alem de mim 

alem de Marte 

Não para quem criara 

quem cantara 

quem tocara 

quem retorna

em muita outras formas 

como agora em versos

retorica de tando tentar 

explicar era ela 

não que me deu prazer

era ele não que me vez 

ver e vendo ouvi 

aquela voz honrosa 

Cantando uma palavra 

uma gota rasa 

dessa descrente fara

que eu mesmo lismava 

como que não via dor

ou quem sub se relacionou 

era aquela tarde 

que não era tão tarde

por que ainda não havia 

estrela, quando uma voz 

essa mesma real luz 

em minha caminha 

solitária sem alma 

descrente em um canto

e refletido em lagrimas

se ouvi e repetiu 

Senhor!

Senhor, 

Senhor...



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