Milonga

Como mostrar sua grandeza
A esta Tereza
Que não se vê
Seu soar antado
Com lembranças marinhas

Para lembrar sua força
Uma ostra poderia ser
Não tão pouco
Seria a pedra
Desta ostra poderia ser

Michelle lembra o brilho
De uma pérola
Aquela luz...
O que encantado neste manto
De seu olhar com o mar
Que reluz na escuridão da noite

Michelle lembra o brilho de uma pérola
Para lembrar “você”
Sua força poderia ser
A pedra de uma ostra poderia ser

Como seu brilho são as estrelas do mar
Como um selim de um tom mais rosa
Tão rosa como uma rosa sem cheiro
Michelle é deste jeito
Pura luna solar
Dela o amor
Todo, principalmente, olhar
Como poderia cantar esta milonga
Minha Michelle

Mais do que pudesse ver
Poderia ver borboletas
Em seu olhar





Jupteriana

Das minhas gamas
Minhas flores
A pequena Juliana
Meu primeiro amor jupteriano
Contradizer!
Eu nunca disse
Ela é o cônsul deste mar verde
Pugna meu ser
De um dia ter de escolher
Uma única flor
Um único amor

Das grotas de seu olhar
Sempre será Juliana
Que tão bem venerada
Dá-me este poder

Glote um lagrimo
Glorioso daquele
Sonso riso

Das mais eternas criaturas
Esta é Jú
Do olhar de jóia
Aqui me ajoelho...
Venta forte e posso ouvir chorar
Queria ter uma goiva
E arrancar esta sua tristeza
Que posso sentir

Este meu fremir
Deve ser falso
Pois senti dela um abraço
Forte e caloroso
Do aquoso norte:
Gótico lagrimo
Glorioso daquele sonso riso





A Garnisé

É uma dama em gambito
Mas não posso rebater seu âmbito
Cujo olhar frio
É um anteparo de seu corpo lívio
A garnisé e seu torçal
Na mau, nada mal
Dentro de uma criança
Infantil, natural
Com seus braços preênsil...

Minha presbiopscia trânsida
Desse meu corpo morto
Esta ave que nos meus sonhos
Jamais pousou
É a grande terna estimada

Gabriela
Dela cujo olhar revela “minid” adorada
Ouço pizzicato sonático
Retrato apático
De uma princesa egípcia...
Deixa te olhar oh! minha presbiopscia
Deixa te olhar
De nada pode ver
Como é terna
É e deve ser





Olhar de Ágata

Imoderado ímpio do seu olhar
Que me interrompe
Que me interroga em leitor
De nosso amor verbal

Fica a flor dos nervos
Ao falar como uma cachorra
Frasear quando não consegue
(emudece sem timidez, o que sente)

Seria, impéria no ímpeto
Desse olhar, de Ágata ao fogo
De livre de compadecer...

Vida frágil como qualquer ser
Cheio de vida
Jovem como qualquer
Ave de rapina

“Talita” seu nome filtra. (menina feita de Ives)
Por ouvi-lo como língua das mais antigas

Infanta banha-se
No rio seio profano
Frio desta água que ilusões
Afogam com o fogo que refresca
Ao que é combustivel

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