Corredor fugitivo





Estanho golpe 
arrasta quebra 
distrai limpa 
de um só gole 
Me afogo sobra 
sonhos sobra farpa 


Entranha limpas 
especie de burrado 
Fica o chão concavo 
escavado onde era tudo 
Por que a realidade são minas









Para serem sempre







As portas para serem fechadas 
as portas que não se abrem 
e as portas que serão abertas 
mesmo não havendo tem 


Sempre terá o motivo 
sempre será o momento
dentro ou fora não se importa 
mesmo não andando segue certa 


Lá se vai a chave 
é apenas um detalhe 
uma deformidade única 
por que se esteve sempre será


Urna feita de ódio e dor para guardar
o maior de seus valores amor incondicional 



Por querer paz



Faço guerra por querer paz.
me peça por que eu não quero mais
Minta pra mim ate o fim 
Traz tudo e nada mas 


Meninas querem comer as pétalas 
Não sei em portão com os espinhos 
nem em seus frutos ou o sabor amargo
Traz tudo e nada mas


O que posso dizer e com o fim 
que poderei esquecer o começo.





Feito o fardo



Feito o fardo 
são folhas
Que carregado 
dita ao chão 


Não é mundo 
nem em tudo 
se encontra o nada 
se encontra nada 


Dentro do fardo 
dentro das flores 
dentro de tudo.





Noturno agudo







Labuta bruta lamuria 
Quem dera amar meus amores
Matar meus desejos 
Derrubar as barreiras 


Parar de frasear 
e começar a ver versos
para de regrar meus sonhos
Beijar quem me seca a boca


Agora que já blasfemei o dia
voltar ao trabalho deixar 
e rascunhar o lixo futuro 
Quem dera manter tudo 


Quem dera manteria o seu olhar 
o meu ultimo olhar para o seu



Erro notório



Agora estou cansado,
 antes eu era muito jovem 
  agora vou 
a procura de MEFISTÓFELES
Agora que estou desgastado
      que já falei 
          de amor que não aprendi nado sobre...
      agora vida fica clara.
     Que fui nada arrogante
         ingenuo e infeliz que não deve 
        valer muito o que resta, 
           quem dera fora tão fácil assim;
         mas como eu sou?
        Eu sei que é pra sempre
         Enquanto durar
         Eu peço somente
         O que eu puder dar


Letra




Ii
Com que olhos me vejo no espelho
Ela não me quer por que não chove
Me acordo como se sai de si, para lavar o rosto



obs: poesia também, pode ser abstração ao usar símbolos como uma forma de imagem seja ler ou apenas ver.


Minhas manias



Acordar é uma das muitas, das minhas manias
não é a pior delas.
As vezes eu acordo tarde como sempre; é pra vida
ainda não é a pior delas.
Porcamente tomo o que me deixam no chão migalhas
ainda não é essa a pior delas.
Depois do café eu penso e repenso era sonho o que vi 
bom poderia ser, mas não é a pior delas.
Coloco cementes para germinar e nem lagrimas dou
não eu sei que vai chover, não é a pior delas.
Eu parei de me cortar como fazias as crianças rebeldes agora eu me deixo cortar por dentro com um tolo com as artérias encharcado de lodo é carência.


Acho que meu pior e é a pior delas.
E ser bom ou apenas passivo com o que acho bom 
Que não me faz bem que não me quer de outro jeito


E la vou eu, ser amigo de quem não quer me ver 
uma outra vez esperando esse fim incondicional 
Por que eu não perco essas manias que afligi você
uma outra vez espero esse final que incomoda 
mas já é noite e espero esse recado seu pra que.
eu vou deitar e acender a pira de outras manias
E la vou eu, sendo amigo de ninguém por que ?




   

Continuo Inconsciente





Eu quero ter filhos, mas nunca tive um cão. 
Me ofereceram dois filhotes, ainda tomei coragem 
Me ofereceram trabalho, mas nunca tive carteira 
Eu que não sei fazer nada normal o que poderia 
A muito pouco percebi quase inconsciente 


Que devo procurar no meu caminho sozinho 


Eu quero ter enfim, mas me falta coração
Me ofende ser como sou, ainda estou sem coragem
Me oferecem asas, eu não faço graça da careira 
Eu que não sei fazer nada normalmente poderia
a muito pouco percebi quase a inocente 


A final esperar é perceber o erro sozinho


Eu quero dar meus passos 
me disse para ficar quito 
me pergunta se tenho algo
Eu digo que estou enterrado                     ( meu próprio tesouro )
a muito tempo inconsciente 







Credo



Sou sou sou 
não tenho alma 
não temo derrota
Quem me quer 
já que eu sou 


Sou inocente 
estou de repente 
Esperando desviar


Quem sabe meu nome
Sabe quem amo
saiba clamo 
por mar
derramar 
Lagrimas de felicidade 
por que tudo o que tenho
são as pessoas que me tem


Rou rou rou 
para aqueles que nunca 
mencionei um dia normal
Para todos aqueles que amei 
Dedico mais um degrau 


Não acredito em papai noel 
mas no bom velhinho que sou