Indigente S.A.
No morro do Ali uma patrulha aborda o meliante; dentro de uma casa próxima ouve-se a abordagem dos policias.
- Na parede, ouviu não! Na parede agora! – Cosme e Damião saem da viatura e interrogam o individuo - Da essa mochila aqui –
- Qual é seu nome ?- Pergunta o policial com uma arma apontada para o suspeito enquanto o outro revira os objetos que estavam na bolsa.
- Meu nome é Ninguém da Silva. –
- Filho de quem ? –
- Minha mãe Nusei –
- E seu pai quem é ? – O outro policial vendo que não tinha resposta quando e sacudindo a bolsa para ver se algo cai diz de forma irônica – Ninguém tem pai não? – Ele responde.
- Não conheço meu pai não! –
- O Ninguém quero saber onde vai-ir uma hora dessas? –
- Eu estou voltado do trabalho... –
- E trabalha em que? –
- Eu trabalho, como servente – O policial Cosme pega no chão um cigarro que cai da mochila de Ninguém e diz – Ninguém fuma um bagulho não fuma... –
- O cigarro e pra minha mãe – Ouvindo isso ele manda ele se virar – Anda saia-da-i anda! –
- O que Ninguém tem ai no bolso? – Sem tirar a arma da cabeça do cara o policial tira junto com as chaves um dinheiro que estava no bolso de traz – O que é isso aqui !? –
- Isso é meu dinheiro que eu ganhei hoje –
- Ninguém acha que agente somos bobos, esse dinheiro é seu nada, à tira o tênis também !-
- Que isso vocês não podem fazer isso comigo não –
- Eu sei que arrumou isso com droga acha que somos o que hotário –
O outro policial entra no carro e liga as luzes, e chama o outro que esta estava com o elemento na sua frente. Em tão Ninguém grita.
- Porra, minhas coisas... –
O policial puxa o tênis quem Ninguém tenta segura. Logo depois ouve-se dois tiros; e Ninguém da Silva filho de Nusei; que nunca apareceu em nem um jornal morreu e foi enterrado no cemitério da Covafunda. Moradores falam que ele era trabalhador e que não tem associação ao trafico.