Minhas manias



Acordar é uma das muitas, das minhas manias
não é a pior delas.
As vezes eu acordo tarde como sempre; é pra vida
ainda não é a pior delas.
Porcamente tomo o que me deixam no chão migalhas
ainda não é essa a pior delas.
Depois do café eu penso e repenso era sonho o que vi 
bom poderia ser, mas não é a pior delas.
Coloco cementes para germinar e nem lagrimas dou
não eu sei que vai chover, não é a pior delas.
Eu parei de me cortar como fazias as crianças rebeldes agora eu me deixo cortar por dentro com um tolo com as artérias encharcado de lodo é carência.


Acho que meu pior e é a pior delas.
E ser bom ou apenas passivo com o que acho bom 
Que não me faz bem que não me quer de outro jeito


E la vou eu, ser amigo de quem não quer me ver 
uma outra vez esperando esse fim incondicional 
Por que eu não perco essas manias que afligi você
uma outra vez espero esse final que incomoda 
mas já é noite e espero esse recado seu pra que.
eu vou deitar e acender a pira de outras manias
E la vou eu, sendo amigo de ninguém por que ?




   

Continuo Inconsciente





Eu quero ter filhos, mas nunca tive um cão. 
Me ofereceram dois filhotes, ainda tomei coragem 
Me ofereceram trabalho, mas nunca tive carteira 
Eu que não sei fazer nada normal o que poderia 
A muito pouco percebi quase inconsciente 


Que devo procurar no meu caminho sozinho 


Eu quero ter enfim, mas me falta coração
Me ofende ser como sou, ainda estou sem coragem
Me oferecem asas, eu não faço graça da careira 
Eu que não sei fazer nada normalmente poderia
a muito pouco percebi quase a inocente 


A final esperar é perceber o erro sozinho


Eu quero dar meus passos 
me disse para ficar quito 
me pergunta se tenho algo
Eu digo que estou enterrado                     ( meu próprio tesouro )
a muito tempo inconsciente 







Credo



Sou sou sou 
não tenho alma 
não temo derrota
Quem me quer 
já que eu sou 


Sou inocente 
estou de repente 
Esperando desviar


Quem sabe meu nome
Sabe quem amo
saiba clamo 
por mar
derramar 
Lagrimas de felicidade 
por que tudo o que tenho
são as pessoas que me tem


Rou rou rou 
para aqueles que nunca 
mencionei um dia normal
Para todos aqueles que amei 
Dedico mais um degrau 


Não acredito em papai noel 
mas no bom velhinho que sou







A homenagem ao tios mortos



Sem duvida eu não faço ideia 
sei que a aula para as crianças
Que vem ao centro de umbanda 
E algo assustador pois posso ouvir 
Daqui onde estou sei que os meus 
quadros são algo frágil acho 
que por causa disso eu os dou 


Que me robe e pegar lixo 
que seu muito rico e não sou 
Que meu bom atos são isso 
e eu não sou ; sei que sinto 
Que se eu minto vivo estou 
e que realmente sinto e não sou 


Quando acordar para a noite 
estarei cansado e meus tios mortos


Será a tarde que eu nunca 
vivi que eu nunca vi  
e revelo que sei o que é 
Homenageio o que esqueço 
revejo o que nunca foi novo


Quando eu morrer espero 
ter lembrado que era irmão 
Dos muito novos vizinhos
que eram meus seus sobrinhos 





Des Existência



Quem se lembra logo esquece ou sera esquecido
quem se lembra que deixou de existir esta esquecido?


Não importa o que. Realmente abre a porta 
e o que podemos esquecer


Pode deixar pra lá 
Já que não faz tanta importância 


O vento que vem e bate.
Escuro e o que se posta 


Eclipse e algo único 
Já esquecido por que não acompanha o céu 


Hoje é só bater palmas para que se faça luz



Existe



Quero adoçar a vida 
mesmo que seja assim
Sem açúcar, com sal
a meu ver é a vida 


Quero acabar comigo
mesmo que seja assim
Sem acusar, com mal
a meu ver era a vida


Mas existe sempre algo
que não é novo, é normal
Sem medo, como algo
que é costumado a ser leal 


Mas não faz mau algo 
que não é, viver é anormal
Sem medo, como algo 
que é experiente e ilegal 


É resistente e ainda passa mau













Poema de confronto



A muito estão onde era sertão 
e muitos são, tantos que dão 
Conta de uma invasão dos outros 
e muitos outros tantos que são 
A multidão de tão poucos 
Contados como gados serão 
Cortados de sua servidão 
Convidados a grandes conflitos 
Comandados que não existirão 
Por que cada um sera e serão 
como numa multidão muitos 
nem mortos mencionados serão 

Está fava que germina a morte 
forma de bombas semeadas 
Assim recriadas como armas 
Das desculpas armadas sem sorte 
Que a ambição disfere forças 
Que se aprica a jovens e moças
Que as demais crianças nem sente 
brincando de guerra e sem regras 
Formam o medo do medo delas 
Com inúmeras filas termitente 
das mesmas sementes que delas 
Sem fim estoca coragem enterradas 

Agora não há mais nada resta medo
escombro e segredos faltas e desejos
Valores novos em ossos entre nossos 
Agoniados vivos corpos desejando 
Algo e devolvendo corvos vomitados 
Atirados de todas as formas semeados 
Germinado anjos alimentando medo 
escondido agora caminha entre outros 
Vales de sobras e desesperos 
Nem uma viva alma se move atirando 
Seus brilhos de olhos mortos  novos 
alvos e muitos novos anjos novos 








Letra


KKkkk                                                                                          



        Muito mau acordo, com meu dorso torto
                        
          Muito me espanta seu sorriso, meu canto

            agora vem a noite que dormi quem caiu 








obs:   poesia também poder ser abstração ao usar os símbolos como uma forma para criar uma imagem seja lida ou apenas visual.




O que me dizem de você!



Sonhei que trabalho numa mina de sal 
bom não é ouro posso levar quanto quiser 
E que meus amigos aprendiam as lições 
Eu não, só ouvia fingindo de normal 


Em muitos desse sonhei com você 
só que eram sempre estranhamente 
alguém me contando o que fez 
Quando acordar eu penso definitivamente 
Vou te perguntar o que fez
Só que é estranho sei que era você 
num sonho onde o dialogo se perde de repente 


Vejo as crianças brincando no rio 
E você me perguntando o que eu gosto 
engraçado como eu gosto chego a rir
E você me pergunta o que eu gosto


Vivo perguntando o que faz 
para as pessoas em minha cabeça 
Elas não querem mais saber de você 
por que eu devo ser um chato mesmo


Vejo as crianças brincando no rio 
é você por que não vem passar uns dias
engraçado como eu gosto chego a rir
E você me pergunta o que eu gosto



Vejo as crianças brincando no rio 
E você me perguntando o que eu gosto 
engraçado como eu gosto chego a rir
E você me pergunta o que eu gosto


Essa noite estou levando um caderno
vou fazer seu retrato e mostra 
para todos os estranhos seres 
que vivem em minha mente um caderno
E tome nota eles sabem o que fez 


Amanha chega eu estou com os bolsos cheios de sal






E sobre os campos o céu clama a tempestade


Nada nesse mundo me suo melhor
Deste dia e desta noite senhor
Nada como o voo velos
Suas frases seu senso dos nós
De todos nos que enlaça
Quero e querer e ser um só ser
Serei feito ermo que querer
Pois do deslumbre febril
Hoje coberto de desejos pueril
E acordado tonto e tolo
Volto do passeio sem consolo
Eu estou ao ar como Arie ao céu
Mas intermitente e meu espirito
Que caminho triste sem, meu antigo rito
Cada obra cada ato todos os fardos
Como a lenha que perco para outros amos
Pelo que me fiz assim
Desenhado e desencontrado de mim
para sentir a verdade
já foi o manto de seus feitiços
já fui o antro de seus mestiços
Hoje serei o rei dos meus espíritos
Depois de assegurar seus escravos

Em algo que a muito escrevi antes de
 abandonar-te e não havia ter feito de
Minha cela uma casa minha arte...


E sobre os campos o céu clama a tempestade