Poemas



Apreensão

(Os Marimbondos)

I

Parentes do céu
A vôo lento
Salve as ondas
Salve o fogo
Salve o vento
Doce e favorável
Cale-te!
Todas as alegrias
As infinitas
Gostaria de ver

II

Todavia não cometi
Nada por que deveis fugir
Dos homens
Ó estrela e flor
Olha... olha
Aquele, aquilo
Não conheces?
Esta tocha
Mesmo que fosse a luz
De minha vida
Eu não hesitaria
Em apagá-la
Eu conheço um...seu nome é morte

III

A febre e a impaciência
Que aqui nos aflige
Onde cada um se queda
Ouvindo o gemido dos outros
Emudece o lamento cântico
De meu gracioso
Onde sugo abelhas
Parentes do céu
Salve, salve, novamente
De júbilo imbui-me a mente
Cheia de nostalgia, famintos


Poemas


A árvore








Deus em mim é sombrio
E é como um tecido
De mil raízes que em silencio bebem


Tão logo se ascende em mim a luz
E possuir-te (só um tempo de um sorriso)
E trocar olhares na escuridão
E sempre e sempre repetir: ser...
A se mover nos subterrâneos de mim


Ergue-se em frente a teu rosto de nuvens 


Estou no mundo tão só. Mas não tão só o bastante
Em silencio vai trabalhando a rocha
Eu te sinto na angra de meus sentimentos
Meus sentimentos que encontraram asas


Eu sou uma árvore em frente ao interior de mim
Sou teu sonho quando és sonhador
E sinto que teu coração é meu


Nas raízes crescendo, nos troncos escondendo
Por mil lados me sinto expandir e doer
Quisera eu morrer 


Pousa a tua mão na beira do céu
Nos beijos a fronte, és tão escuro


Frutos


Através das pesadas montanhas
A angustia que me encontra
Que tu me enfiaste ate o pescoço
Infenso ao grito de qualquer das margens


Tuas varias terras, vidas não vividas há
E o escasso tempo delas vai se passando
E elas no entanto existem e não sabem
São crianças e triste hão de ser


É o fruto que ainda não está maduro


A morte que lhe é própria
E a morte que condiz com cada vida
E a grande morte-a que cada um traz em si
É um fruto em torno ao qual tudo gravita 
Flor


Por ti somente os poetas se trancam
E diante de ti são vidas solitárias
Me dizem: se tua! se eterna! pedra!
Estão acostumados a dor, deles herdam amor
Do qual teus olhos destacam sombras


- Ninguém vive sua vida
- Do arsenal das coisas não vividas


Arvores não há,ao deixar a terra
Deus vive tuas vidas, os pássaros estranhos voam
Aprendiz: desconhecido horas às claras
Digo coisas boas, mas tu baixas o rosto
Mas eu quero entender-te
Em vez de crescermos como árvores
Como cada flor como qual uma criança











Poemas


  Zéfiro


Hosana ömega ibero
iríete da boêmia
Pudico crisãntemo
Tulipa e ônix
Alcoólatra,rubrica
bólido sem êxodo
Téxtil lêvedo e ruim










            
            Louco


Levante-se agora e uma ordem Ordeno que o tente!,
deve respira Um homem que esta louco, 
não alejado tem que se tratar.É porque anda armado...